segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Windows X Linux

Em 1991, o finlandês Linus Torvalds lançou o Linux, um sistema operacional revolucionário, com compromissos democráticos, como o de seu código-fonte ser aberto e sempre disponível para programadores. Com isso, prometia em curto prazo se espalhar pelo mundo e bater o Windows. Contudo, essa revolução parece ainda não ter chegado. 

De acordo com uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV-Eaesp), a fatia do Linux na base instalada das empresas brasileiras entrevistadas cresceu menos do que o esperado. Passou de 12% em 2002 para 14% em 2003, número bem a baixo das expectativas dos organizadores da pesquisa. A mesma pesquisa aponta também crescimento do Windows, chegando a uma participação de 70% de mercado. A queda de utilização é verificada nos sistemas operacionais Unix proprietários, normalmente usados em computação de grande porte Risc. Buscando diminuir seus custos, empresas de todos os tamanhos adotam padrões abertos de mercado e utilizam menos tecnologia proprietária de um determinado fornecedor.

Um estudo inédito feito pelo Yankee Group com 200 entre as mil maiores companhias que atuam no Brasil diz que a adoção do sistema Linux deve aumentar, mas por enquanto é limitada. Segundo a pesquisa, somente 47% das empresas já usam o software de código aberto, mas neste grupo quase metades das companhias (46%) ainda atuam em um número reduzido de servidores ou computadores de mesa – entre uma e dez máquinas.

Outro aspecto importante a ser considerado é a defesa dos governos a projetos de adoção de software livre que prevêm a troca dos softwares proprietários pelo gratuito Linux e outros aplicativos abertos, o que só na área federal geraria uma economia de US$1,1 bilhão do orçamento.

A velha disputa Windows x Linux sempre gera polêmica, pois os dois têm fiéis defensores de suas vantagens e aplicações no mercado.

A opção pelo Linux ou Windows depende das necessidades de cada empresa. Tudo depende de como a companhia usa o sistema para que ele forneça soluções. Os sistemas apresentam diferentes funcionalidades para diferentes situações e essas devem ser analisadas com cuidado.
Segundo Décio Medeiros, especialista em Linux da Microware, empresa especializada em soluções de TI, as empresas que adotam o Linux levam diversos fatores em consideração, como redução de custos, estabilidade e segurança do sistema. “É um sistema reconhecido pela sua estabilidade e robustez”, explica. “Existem servidores Linux funcionando sem parar há anos. É um sistema seguro e estável, sendo altamente indicado para aplicações de missão crítica”, completa.

Francisco Abad, consultor em TI da Microware aponta o alto custo em treinamento e a falta de apoio e suporte técnico como as maiores desvantagens do Linux em relação ao Windows. “A mão de obra especializada nos softwares livres em geral é mais escassa e cara, ao mesmo tempo em que sua manutenção é mais difícil”, diz. “Quando você baixa o Linux da Internet é por sua conta e risco. Em contra partida, por traz de uma licença Windows está o suporte e a garantia da maior desenvolvedora de software do mundo, o que garante mais confiabilidade no Pós-vendas”, completa.A escolha deve ser estudada caso-a-caso. As necessidades e disponibilidades de cada empresa devem ser bem avaliadas antes do desenvolvimento de projetos.




Aplicativos



Um dos principais argumentos utilizados quando se fala em Linux X Windows são os aplicativos, sendo ressaltado que o linux possui uma variedade muito maior de aplicativos. É claro, que realmente o Windows possui muito mais aplicativos, mas, além da possibilidade de utilizar aplicativos para Windows no Linux através do Wine(Caso queira ver uma matéria sobre isto, clique aqui), existem também alguns aplicativos que podem substituir os programas do Windows para um usuário Linux.

1. Adobe Photoshop – GIMP 

Essa é uma das alternativas mais procuradas e discutíveis de toda a lista. Desde o surgimento do GIMP que ele é tido como a grande promessa para um substituto à altura do Photoshop, dividindo as opiniões entre aqueles que amam o software da Adobe e aqueles que preferem a liberdade do software aberto. 

Comparações à parte, uma coisa é certa: o GIMP é um ótimo editor e está equipado com tantos recursos que serve como um verdadeiro canivete suíço para designers e outros profissionais que trabalham com imagens. Como se não bastasse, o GIMP consegue abrir arquivos PSD e até mesmo possibilita algumas edições neles. Além disso, muitas personalizações podem ser feitas para que o software fique ainda mais parecido com o Photoshop, como definir os mesmos atalhos de teclado, instalar plugins extras e até mesmo perfis de cores.

2. MS Office – LibreOffice

A suíte de escritório da Microsoft pode ser substituída pelo LibreOffice, que possui processador de textos, planilha eletrônica, software para apresentações, diagramas e até ilustração vetorial. E a melhor parte disso tudo é que além de o LibreOffice ser uma suíte robusta e muito completa, ela também é compatível com o MS Office, sendo capaz de ler, editar e até salvar arquivos no formato do Word, Excel e PowerPoint.

3. iTunes – Amarok 

Ouvir música no Linux está cada vez melhor. Em vez do iTunes, os "linuxers" podem recorrer ao Amarok, software que conta com suporte para playlists, equalizações pré-definidas, streaming de rádio e música pela internet e scrobbling para o Last.fm.
Como se não bastasse, o software também conta com recuperação online de capa de discos e letras de músicas, possibilidade de assinar podcasts e sincronização de arquivos com dispositivos diversos. Outra opção bastante robusta também é o Banshee. 

4.  uTorrent – Transmission

O uTorrent está disponível para Linux em versão web ou de modo texto. Em fevereiro deste ano, foi anunciado que um desenvolvedor estaria preparando uma interface gráfica para o software, a Gutorrent. Mas para que esperar se o Linux possui uma alternativa tão boa quanto? O Transmission é um cliente de BitTorrent fácil de usar e com recursos como criptografia e suporte para links magnéticos. 

5. VMWare – VirtualBox 

Antes de partir para uma solução paga de máquinas virtuais, que tal experimentar um projeto gratuito e de código aberto? O VirtualBox compete com o VMWare na maior parte dos casos e permite que você execute, de maneira segura, mais um sistema operacional em sua máquina, ao mesmo tempo.

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